quarta-feira, 23 de maio de 2012

Externalidades e o uso da sacolinha plástica

Estudando sobre externalidades, me deparei com um caso recente sobre o tema: o das sacolinhas plásticas. Ao entender um pouco mais sobre o assunto pude imaginar como a externalidade funciona nesse caso.

Mas, o que seria uma externalidade? Em Introdução à Economia* vemos que “uma externalidade ocorre quando pessoas alheias a uma decisão são afetadas por ela”. Os autores ainda falam que “o princípio da externalidade sugere que os custos ou benefícios de algumas decisões pode ter reflexos em terceiros”.

Acho que é de opinião geral que a restrição às sacolinhas plásticas nos supermercados e a obrigação de compra das retornáveis não é uma ideia muito agradável. Porém, nossos hábitos, por vezes, precisam ser mudados e não consigo pensar em outro caminho se não pela intervenção governamental.

Você já parou para pensar quando o governo instituiu o uso obrigatório de cinto de segurança nos automóveis sob pena de multa? Será que se, naquela época, a intervenção não criasse essa lei, nós teríamos o hábito de usá-lo hoje? É automático: quando entramos num veículo, pelo menos nos bancos da frente, colocamos o cinto. Isso porque o hábito foi alterado, e creio que com as sacolas plásticas ocorrerá o mesmo.

Com o objetivo de poluir menos o ambiente, o governo provocou uma externalidade negativa, pois não teremos mais sacolas gratuitas nos supermercados. Ela não resolve o problema da poluição, mas reduz parte dele, ou seja, a medida não necessariamente garantirá que não haverá mais sacolinhas, mas restringe seu uso. Isso porque muitas pessoas não aceitam pagar e outras nem possuem condição para isso.

A externalidade é resolvida quando é internalizada. Neste caso, quem polui ou quem utiliza, pagará por ela. No caso da indústria, isso acontece com a redução de sua produção.

Mas pode surgir outra questão: se eu deixo de utilizar a sacolinha, não posso aumentar a poluição ao usar mais sacos de lixo? A resposta é não, pois você já paga por ele, portanto, já está internalizando o problema.

É normal pensar apenas no impacto em nosso bolso hoje, já que é comum o ser humano não pensar nas consequências futuras. Apesar da cobrança, a restrição ao uso das sacolinhas beneficiará a população como um todo. 

Também imagino que a reciclagem só produzirá efeito quando tais medidas forem levadas a sério. Fora isso, nós temos sim que fazer nossa parte, mesmo que seja um trabalho de formiguinha. Nossos exemplos farão diferença, ao menos, dentro de nosso grupo social.

Apenas para complementar, o fato de não usarmos mais sacolinhas não gera uma externalidade positiva. Isso porque uma externalidade negativa nunca cria uma positiva e vice-versa. Mas uma decisão sim, cria externalidades positivas e/ou negativas.

*Introdução à Economia – Princípios e Ferramentas - O’Sullivan, Arthr; Sheffrin, Steven M. e; Marislei Nishijima. Editora Pearson Prentice Hall, São Paulo, 2004.

Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Economia e o mercado de estética

É bem sabido que, com o controle da inflação em 1994, o poder de compra aumentou e a estabilidade econômica abriu portas ao mercado de trabalho. Com a melhora na renda, o consumo de vários serviços cresceu de forma exponencial e movido a economia positivamente.

Assim que as primeiras necessidades são satisfeitas (alimentação, vestuário, moradia e saúde), é comum a busca por outros produtos. Muito desse consumo é voltado para a utilização de alguns serviços, como cursar uma faculdade, uma especialização, aprender um segundo idioma, frequentar uma academia, aprender um esporte e também cuidar da estética. Podemos considerar esta última como tudo que nos deixa mais satisfeitos com a nossa aparência, como um tratamento capilar, cuidados as unhas, com a pele e até uma cirurgia plástica.

O Brasil ainda não é o primeiro do ranking da vaidade, mas, de acordo com dados da Revista Isto É (Edição n° 706), é o terceiro consumidor de produtos de higiene pessoal e segundo em cirurgias plásticas, ficando atrás apenas dos EUA e Japão. Até 2010, essa indústria havia movimentado R$ 27,5 bilhões, um crescimento aproximado de 140% em relação a 2003.

E a expectativa de crescimento para a área é grande, mas há falta de mão de obra especializada. Há um déficit de 13% de cabeleireiros e de 25% de manicures no país, de acordo com Remy de Sousa, presidente da Associação dos Cabeleireiros Unissex do Brasil.

E os preços? A volatilidade é enorme e varia de região para região. Não há uma tabela padrão e por isso na hora do reajuste, cada um precifica seus serviços de acordo com o que considera justo. Por isso, a cada ano, este segmento afeta fortemente a inflação.

Mas isso não impede que cada vez mais pessoas busquem esses profissionais para melhorar a auto-estima. Muito pelo contrário, cada vez mais salões são abertos e serviços são oferecidos, principalmente pelos sites de compra coletiva. A demanda é cada vez maior.

Esses resultados mostram um Brasil economicamente forte, onde mais pessoas se inserem no mercado da estética para atender um público cada vez mais exigente e tudo isso se resume a uma palavra: consumo!

Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net

quinta-feira, 22 de março de 2012

Dica de filme: A crise e o desemprego

É de conhecimento público que a população dos EUA tem sofrido com o desemprego. Até dez/2011 o país registrava uma taxa de 8,5% de desempregado. São milhões de pessoas em busca de um emprego. Muitos em busca de qualquer emprego.


A dica do filme “A grande virada” retrata, digamos, uma parte do que a população da região tem passado nos últimos anos. Outra coisa que é destacado é a ganância dos investidores, o consumo desfreiado e o orgulho de muitos americanos que, mesmo sem condições para se manterem, não querem mudar seus hábitos.

Acredito que assim como este, muitos outros filmes serão produzidos retratando o que esta crise está fazendo e o que está deixando para a história contar.

Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net