quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

A Armadilha da Liquidez

A economia dos EUA tem passado maus bocados. Desde o início da crise, em meados de 2007, o país tenta recuperar-se economicamente. Medidas de política monetária (redução de juros, compra de títulos) e política fiscal (aumento dos gastos públicos, redução de impostos) foram tomadas ao longo dos últimos anos para evitar maiores catástrofes.

Desde o final de 2008, a taxa de juros americana varia entre 0% e 0,25%. Quando se atinge esse patamar, perde-se um instrumento para intervir na economia. Esse fenômeno é chamado de Armadilha de Liquidez, onde a taxa de juros não afeta o nível da atividade econômica.

Isso acontece porque os agentes darão preferência por manter sua riqueza líquida esperando que os juros subam no futuro. Logo, o aumento da oferta de moeda tende a ser rapidamente entesourado. No caso americano, por exemplo, a injeção de liquidez não foi suficiente para que houvesse crescimento da produção e do emprego.

Numa economia em funcionamento normal, a baixa taxa de juros estimula o mercado de bens e serviços. Do contrário, quanto maior a taxa de juros, maior propensão à poupança e o desestímulo ao investimento produtivo. Na situação de Armadilha de Liquidez, qualquer medida de política monetária para estimular o mercado será ineficaz.

A solução para os americanos seria a aplicação de medidas de política fiscal (aumento dos gastos públicos). O problema é que o teto do endividamento americano já foi elevado em 4 ocasiões somente no governo Obama. Além disso, a dívida dos EUA é de aproximadamente 100% de seu PIB. Diante dos fatos, os EUA terão dificuldades para driblar uma possível recessão.

Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net