quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Dica de filme: Too big to fail

Mais uma dica de filme baseado na crise de 2008, cujo nome foi uma das frases mais citadas da época.

Too Big to Fail revela um governo pressionado pelo mercado e pelas instituições à beira do colapso. Quem já assistiu Inside Job pode achar estranho, já que a visão transmitida pelo diretor é pelos olhos de Henry Paulson, na época Secretário do Tesouro.


Ainda assim, o filme enriquece a visão do famoso 15 de setembro e garante a idéia de que esta data será tão lembrada quanto a crise de 1929.

Too Big to Fail pode ser “mais do mesmo”. Entretanto, traz um elenco de peso com um roteiro rico em detalhes. Fica a dica!

Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net

domingo, 25 de novembro de 2012

RELATÓRIO DE MERCADO

Nosso relatório sempre com as principais notícias econômicas!

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sábado, 17 de novembro de 2012

A Crise, o Euro, a Grécia, o Brasil, Keynes... e eu com isso???

Olá pessoal. Depois de algum tempo apenas concentrado no relatório, eu volto aqui com algumas linhas básicas. E apesar de o tema ser tão comum, ele ainda desperta dúvidas entre as pessoas. Vou tentar elucidar algumas delas e tornar o raciocínio mais simples.

O assunto de todos os dias é a Crise do Euro. Pelo fato de alguns países estarem muito endividados, a economia global sofreu um choque e o PIB de todas as nações encolheu drasticamente do final de 2010 para cá. A pergunta é: por que isso aconteceu?

Como eu exemplifiquei num artigo anterior, os agente econômicos (empresas, famílias, governos, investidores, etc.) trabalham em torno das expectativas. Eles tomam suas decisões baseados no que acreditam que acontecerá num determinado cenário. Imagina-se que essas decisões sejam, além de racionais, as melhores possíveis.

Sabemos também que a Grécia é um dos países em situação mais complicada na Zona do Euro. Eles precisam aplicar medidas de austeridade fiscal (corte de gastos e aumento de impostos) para continuar a receber ajuda financeira do FMI e do Banco Central Europeu. Entretanto, isso apenas injeta mais veneno numa economia já moribunda, pois dificulta a recuperação da atividade e aumenta as taxas de desemprego.


Mas, espera aí... Sem emprego, as pessoas não têm renda e não consomem. E as empresas vão pelo mesmo caminho. Se isso acontece, como ficam as receitas do governo, que vêm da arrecadação de impostos? Deu para perceber o tamanho do pepino que os caras têm nas mãos?

Gastar para estimular a economia? Mas aí ficamos sem ajuda dos bancos para pagar nossos credores... Ou economizar para receber ajuda e, nesse caso, atirar milhares nas mãos do desemprego?

Há ainda a possibilidade de a Grécia sair da Zona do Euro. Nesse caso, o país deixaria de receber ajuda e estaria livre para conduzir sua economia como bem entendesse. A contrapartida é que as taxas de juros aumentariam por causa da incerteza, que faria os fluxos de capital secarem ao redor do mundo. As bolsas sentiriam imediatamente, pois os investidores venderiam seus papéis para manter dinheiro líquido em caixa. Depois viria a atividade. O comércio exterior viraria uma vitrine do protecionismo (se já não o é).

Será que a pergunta do começo do texto foi respondida? O PIB dos países caiu porque as expectativas em relação ao futuro pioraram. Isso somado ao conservadorismo, pois em épocas de crise devemos conter nossos gastos, acentuou a queda. Virou um efeito dominó! E o Brasil já foi atingido.

Confesso que sou bem pessimista em relação à Grécia. Mas também creio que os órgãos não deixarão o país sozinho. Também acredito que, no ritmo que está, a saída dos helenos da Zona do Euro é questão de tempo. Não há como suportar, nas atuais condições, as medidas impostas pelo FMI e pelo BCE. Ou eles flexibilizam em relação à política fiscal ou os credores perdoam toda a dívida do país. Mas isso faria com que os outros endividados se sentissem no mesmo direito.

Fato é que, embora Keynes não seja um dos meus economistas prediletos, acho que austeridade não é a solução para este caso. 

PS: John Maynard Keynes foi um economista britânico que, como solução à Crise de 1929, sugeriu que os governos fossem intervencionistas. Eles deveriam aumentar seus gastos para fazer a atividade econômica girar. Isso elevaria os níveis de emprego, o consumo das famílias e os investimentos privados, tirando assim os países da recessão.

Por Gilmar Faustino
Equipe Economistas Na Net

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

LFT na contramão da política monetária

Vemos muitas notícias com referencia a esse título e muitos não entendem porque a LFT é tão criticada por estudiosos da dívida pública.

Vamos às explicações. Primeiro de tudo: O que é a LFT? De acordo com a descrição do Tesouro:

A LFT (Letra Financeira do Tesouro) é um título pós-fixado, cuja rentabilidade segue a variação da taxa SELIC, a taxa de juros básica da economia. Sua remuneração é dada pela variação da taxa SELIC diária registrada entre a data de liquidação da compra e a data de vencimento do título, acrescida, se houver, de ágio ou deságio no momento da compra.

Para efeito de conhecimento, os outros títulos públicos em circulação (LTN's e NTN´s) são atrelados a indicadores de preço, podendo ser pré ou pós fixados.

E qual a finalidade de um título público? Financiar o déficit orçamentário, realizar operações para fins específicos definidos por lei e refinanciar a dívida pública.

Sabe-se que o Banco Central controla a oferta de moeda na economia e que os títulos são uma das ferramentas para equilibrar o volume de dinheiro em circulação. Através de leilões do Tesouro, de acordo com objetivo do momento, o Bacen pode ofertar e comprar mais títulos. Quando quer enxugar o excesso de moeda ele vende títulos. Quando quer elevar este volume, então ele compra.

Outro detalhe é que, sendo um título pós fixado, o governo não sabe o valor que precisará dispor no futuro, o que causa instabilidade. É aí que a LFT entra. Por ser indexada à Selic e, quando necessário, há aumento dos juros para controlar a inflação, seu valor aumenta também. Em outras palavras, enquanto os outros títulos perdem valor quando a Selic sobe, a demanda por LFT´s cresce porque sua remuneração aumenta.

Sabendo disso, por que então o governo não elimina esse título? Não é tão simples assim. Na verdade, isso já foi feito por um período. No entanto, quando o governo precisa se financiar, uma forma de atrair a demanda do mercado é oferecer uma remuneração atraente. Quer algo mais atraente do que uma LFT num país que possui juros altos?

No entanto, com a queda da Selic nos últimos anos, o governo conseguiu enxugar o excesso desses títulos. Para ser ter uma ideia, em 2002 o percentual de títulos em relação à dívida pública era de 60%. Esse número caiu em 2005 para 50% e em 2008 já estava em 35%. O último relatório de política fiscal (julho/12) já registrava 25%.

Então, o governo entende que esse papel, apesar de ter sido um facilitador no passado, hoje é o principal vilão sobre a dívida pública e é um obstáculo para a política monetária.

Ainda assim, acreditamos que esse título não será extinto da política econômica. No entanto, não será mais o principal financiador do governo.

Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net

sábado, 22 de setembro de 2012

Taxa de juros e a meta do Banco Central

As taxas de juros causam muita confusão nos noticiários, principalmente quando há uma reunião do Copom para decidir a taxa meta do país. Mas afinal, qual a diferença?

A “meta” é a taxa definida nas reuniões do Conselho de Política Monetária (Copom) onde são avaliados o comportamento da economia doméstica e internacional e as expectativas quanto à reação da atividade e da inflação no curto e médio prazo. A partir daí, o BCB trabalhará para alcançar esse objetivo por meio de suas ferramentas.

Os instrumentos do Banco Central são: Recolhimento Compulsório, Redesconto de liquidez e Operações de mercado aberto.

A taxa de juros, que pode ser conferida no próprio site do BCB, é a taxa média das operações compromissadas estabelecida todos os dias (Selic over). Essa movimentação é realizada através de leilões de títulos, por isso seu valor muda diariamente. O Tesouro Nacional emite os títulos. Já o BCB baliza a quantidade de títulos que estão no mercado, já que é de sua responsabilidade o controle dos meios de pagamento.

Dependendo do objetivo, o BCB pode comprar ou vender mais títulos, ou seja, pode colocar ou tirar a liquidez do mercado. Ao compararmos a taxa meta e a taxa de juros, veremos que elas são diferentes, porém serão próximas e terão a mesma tendência. 

O que podemos concluir é que a Meta é aquela que o BC usa para sinalizar ao mercado como os juros deverão se comportar nos próximos períodos e a Taxa é a que baliza a economia em todas as operações.

Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Dica de filme: Margin Call

Não espere um filme com efeitos especiais ou com muita ação, apenas a realidade. Margin Call retrata 14 de setembro, o dia antes da eclosão da crise financeira de 2008.

Muito exagerado ou com poucos detalhes, isso talvez nunca saibamos, mas a película nos dá uma teaser de como tudo aconteceu.


Talvez as pessoas que se envolveram nessa ocasião não soubessem a avalanche que estava por vir, pois, estavam apenas na ponta do iceberg do que poderia ter sido o fim do mercado financeiro.

Para quem quer entender um pouco mais sobre este dia fica a dica do filme que, com certeza será recomendado futuramente para os próximos formandos em economia.

Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net

quinta-feira, 5 de julho de 2012

A classe C e os novos desafios

Taxa de emprego em patamares jamais vistos antes, aumento da massa salarial, crédito facilitado e redução de impostos... Que mundo é esse? Um país chamado Brasil.

Nunca se viu tamanha disponibilidade de crédito em plena crise econômica, contudo, sabemos que tais incentivos são mecanismos anticíclicos que o governo adotou para evitar complicações maiores no futuro. É necessário destacar que o aquecimento do mercado de trabalho (mais de 70 milhões de brasileiros com carteira assinada) e renda real em escala crescente atingiram esse patamar sem a necessidade destes incentivos.

De acordo com estudo da FGV*, entre 2003 e 2011 a classe C ganhou nada mais do que 40 milhões de pessoas. Num país que conhece a estabilidade econômica há pouco tempo, nada mais justo do que exercer seu direito de trabalhador e ir às compras.

Nunca se compraram tantos eletrodomésticos e até jóias. A nova classe média está adquirindo hábitos antes inimagináveis, pois os bens de consumo estão mais acessíveis. O crediário facilitado também dá oportunidade de estas pessoas realizarem seus sonhos e elas não estão erradas, todos temos esse direito!

E, se depender da expectativa dos brasileiros, a tendência é de continuidade, pois o povo acredita que a vida vai melhorar no futuro. De acordo com a pesquisa Future Felicity Index, também da FGV, o país está em 1º lugar em expectativa futura (considerando os próximos 5 anos).

Entretanto, este caminho pode ter alguns percalços. Várias instituições, inclusive o BC, têm divulgado que as taxas de inadimplência se elevaram e que o nível de endividamento alcançou níveis históricos. O que devemos fazer? Frear todo esse consumo?

Acredito que o caminho deve ser outro: a Educação Financeira. Devemos formar pessoas que tomem suas decisões baseadas no que for melhor para elas. No entanto, a população brasileira é carente de conhecimento financeiro, além de ser muito avessa ao risco justamente porque não conhece o que a economia oferece. Segundo pesquisa realizada pela TOV Educacional, 43% das pessoas que não investe na Bolsa porque não conhece o funcionamento deste mercado. 

E é nesse momento de consumismo desenfreado que a população deve buscar investir no mercado financeiro, poupando parte de sua renda. A poupança é um caminho, mas não o único. Para aplicar em qualquer produto financeiro é necessário um mínimo de conhecimento para que não haja dúvidas e se cometam erros.

A questão é que muitos acreditam que, para investir, é necessária uma grande quantia de recursos. Podemos aplicar pequenos volumes mensais e criar o hábito de sempre poupar parte de nossa renda. Nem mesmo na Bolsa de Valores existe um mínimo para investir, mas para quem não está habituado a este mercado é necessário buscar um consultor para maiores informações.

O país deve aproveitar esse momento de crescimento e oportunidades já que, de acordo com o estudo da FGV, espera-se que a nova classe média alcance 118 milhões de pessoas em 2014 e é importante que a população seja prudente e usufrua, da melhor forma, do que a economia tem a oferecer.

Por Danielle Macedo

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Salário de Eficiência


Já ouviu aquela frase: Com o salário dele dava pra contratar dois no lugar... Mas, afinal, por que isso não ocorre na prática?

Há um modelo microeconômico conhecido como “Teoria do Salário de Eficiência” que diz que, mesmo numa situação onde há desemprego, a produtividade da mão de obra pode afetar o nível do salário.

Como isso funciona: As empresas não possuem tempo e dinheiro para avaliar se cada funcionário está sendo o mais produtivo possível em suas atividades. Dessa maneira, a ausência de monitoramento abre espaço para que o funcionário “enrole” - isso mesmo, o que chamamos de “modelo de enrolação”.

Mas por que o funcionário enrolaria se há a possibilidade de ser demitido? Na verdade, se o salário recebido é o mesmo pago pelo mercado, ele não possui incentivo para fazer mais do que já faz e, caso seja demitido, nada irá perder uma vez que ele poderá ser admitido por outra empresa – que não possui todas as informações sobre ele - pelo mesmo salário.

É aqui que o salário de eficiência entra em jogo. Uma vez que a empresa é incapaz de monitorar a produtividade de seus funcionários, ela paga um salário superior ao mercado para que eles sejam mais produtivos. Dessa maneira, sinaliza que, caso ele venha a ser dispensado, um colaborador não conseguirá uma remuneração proporcional ou melhor que a sua.

Assim, vemos porque mesmo quando há pessoas dispostas a trabalhar por um salário menor, as empresas não podem simplesmente demitir um funcionário. Ela mesma pode sair perdendo, tanto em produtividade quanto em receita.


Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Externalidades e o uso da sacolinha plástica

Estudando sobre externalidades, me deparei com um caso recente sobre o tema: o das sacolinhas plásticas. Ao entender um pouco mais sobre o assunto pude imaginar como a externalidade funciona nesse caso.

Mas, o que seria uma externalidade? Em Introdução à Economia* vemos que “uma externalidade ocorre quando pessoas alheias a uma decisão são afetadas por ela”. Os autores ainda falam que “o princípio da externalidade sugere que os custos ou benefícios de algumas decisões pode ter reflexos em terceiros”.

Acho que é de opinião geral que a restrição às sacolinhas plásticas nos supermercados e a obrigação de compra das retornáveis não é uma ideia muito agradável. Porém, nossos hábitos, por vezes, precisam ser mudados e não consigo pensar em outro caminho se não pela intervenção governamental.

Você já parou para pensar quando o governo instituiu o uso obrigatório de cinto de segurança nos automóveis sob pena de multa? Será que se, naquela época, a intervenção não criasse essa lei, nós teríamos o hábito de usá-lo hoje? É automático: quando entramos num veículo, pelo menos nos bancos da frente, colocamos o cinto. Isso porque o hábito foi alterado, e creio que com as sacolas plásticas ocorrerá o mesmo.

Com o objetivo de poluir menos o ambiente, o governo provocou uma externalidade negativa, pois não teremos mais sacolas gratuitas nos supermercados. Ela não resolve o problema da poluição, mas reduz parte dele, ou seja, a medida não necessariamente garantirá que não haverá mais sacolinhas, mas restringe seu uso. Isso porque muitas pessoas não aceitam pagar e outras nem possuem condição para isso.

A externalidade é resolvida quando é internalizada. Neste caso, quem polui ou quem utiliza, pagará por ela. No caso da indústria, isso acontece com a redução de sua produção.

Mas pode surgir outra questão: se eu deixo de utilizar a sacolinha, não posso aumentar a poluição ao usar mais sacos de lixo? A resposta é não, pois você já paga por ele, portanto, já está internalizando o problema.

É normal pensar apenas no impacto em nosso bolso hoje, já que é comum o ser humano não pensar nas consequências futuras. Apesar da cobrança, a restrição ao uso das sacolinhas beneficiará a população como um todo. 

Também imagino que a reciclagem só produzirá efeito quando tais medidas forem levadas a sério. Fora isso, nós temos sim que fazer nossa parte, mesmo que seja um trabalho de formiguinha. Nossos exemplos farão diferença, ao menos, dentro de nosso grupo social.

Apenas para complementar, o fato de não usarmos mais sacolinhas não gera uma externalidade positiva. Isso porque uma externalidade negativa nunca cria uma positiva e vice-versa. Mas uma decisão sim, cria externalidades positivas e/ou negativas.

*Introdução à Economia – Princípios e Ferramentas - O’Sullivan, Arthr; Sheffrin, Steven M. e; Marislei Nishijima. Editora Pearson Prentice Hall, São Paulo, 2004.

Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Economia e o mercado de estética

É bem sabido que, com o controle da inflação em 1994, o poder de compra aumentou e a estabilidade econômica abriu portas ao mercado de trabalho. Com a melhora na renda, o consumo de vários serviços cresceu de forma exponencial e movido a economia positivamente.

Assim que as primeiras necessidades são satisfeitas (alimentação, vestuário, moradia e saúde), é comum a busca por outros produtos. Muito desse consumo é voltado para a utilização de alguns serviços, como cursar uma faculdade, uma especialização, aprender um segundo idioma, frequentar uma academia, aprender um esporte e também cuidar da estética. Podemos considerar esta última como tudo que nos deixa mais satisfeitos com a nossa aparência, como um tratamento capilar, cuidados as unhas, com a pele e até uma cirurgia plástica.

O Brasil ainda não é o primeiro do ranking da vaidade, mas, de acordo com dados da Revista Isto É (Edição n° 706), é o terceiro consumidor de produtos de higiene pessoal e segundo em cirurgias plásticas, ficando atrás apenas dos EUA e Japão. Até 2010, essa indústria havia movimentado R$ 27,5 bilhões, um crescimento aproximado de 140% em relação a 2003.

E a expectativa de crescimento para a área é grande, mas há falta de mão de obra especializada. Há um déficit de 13% de cabeleireiros e de 25% de manicures no país, de acordo com Remy de Sousa, presidente da Associação dos Cabeleireiros Unissex do Brasil.

E os preços? A volatilidade é enorme e varia de região para região. Não há uma tabela padrão e por isso na hora do reajuste, cada um precifica seus serviços de acordo com o que considera justo. Por isso, a cada ano, este segmento afeta fortemente a inflação.

Mas isso não impede que cada vez mais pessoas busquem esses profissionais para melhorar a auto-estima. Muito pelo contrário, cada vez mais salões são abertos e serviços são oferecidos, principalmente pelos sites de compra coletiva. A demanda é cada vez maior.

Esses resultados mostram um Brasil economicamente forte, onde mais pessoas se inserem no mercado da estética para atender um público cada vez mais exigente e tudo isso se resume a uma palavra: consumo!

Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net

quinta-feira, 22 de março de 2012

Dica de filme: A crise e o desemprego

É de conhecimento público que a população dos EUA tem sofrido com o desemprego. Até dez/2011 o país registrava uma taxa de 8,5% de desempregado. São milhões de pessoas em busca de um emprego. Muitos em busca de qualquer emprego.


A dica do filme “A grande virada” retrata, digamos, uma parte do que a população da região tem passado nos últimos anos. Outra coisa que é destacado é a ganância dos investidores, o consumo desfreiado e o orgulho de muitos americanos que, mesmo sem condições para se manterem, não querem mudar seus hábitos.

Acredito que assim como este, muitos outros filmes serão produzidos retratando o que esta crise está fazendo e o que está deixando para a história contar.

Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sete pecados capitais do investidor: conheça e saiba como evitá-los

Dicas importantes para quem vai investir!

Errar é humano e todos nós estamos sujeitos a cometer equívocos. Entretanto, sempre existem alguns comportamentos que devem ser evitados ao máximo, pois suas consequências podem ser desastrosas.

Quem investe ou pretende começar a aplicar o seu dinheiro também precisa se atentar para alguns erros considerados “graves”, para evitar perdas financeiras. Por isso, pedimos para o especialista em finanças pessoais da MoneyFit, André Massaro, listar os sete pecados capitais dos investidores. Confira:

Pecado 1 – “Contabilidade mental”
O especialista explica que “Contabilidade mental” é o nome dado pelos estudiosos de finanças comportamentais ao comportamento de algumas pessoas que separam, mentalmente, o dinheiro em diferentes “compartimentos”.

“Imagine um sujeito que está guardando dinheiro na poupança - remunerado a uma taxa baixa - para pagar uma viagem, e não mexe naquele dinheiro de jeito nenhum. Mas ao mesmo tempo ele está com dívidas no cartão de crédito ou no cheque especial pagando taxas altíssimas”, diz Massaro.

Ele lembra que, neste caso, o mais racional seria tirar o dinheiro da poupança e pagar as dívidas, mas muitas pessoas não conseguem fazer isso. “Mentalmente, elas consideram aquele dinheiro intocável”, ressalta.

Pecado 2 – Não se informar
O segundo “pecado capital” do investidor é não procurar informação e não se educar financeiramente. “A educação financeira é uma ferramenta de liberdade pessoal, mas poucas pessoas conseguem enxergar isso. Quem é bem educado financeiramente consegue tomar suas decisões de forma muito mais clara e racional”, afirma Massaro.

Já aqueles que não investem neste tipo de educação correm um risco muito maior de tomar decisões erradas. “Ou então acabam tendo que recorrer a outras pessoas em busca de informações, que muitas vezes são tão ou mais despreparadas”, alerta o especialista.

Pecado 3 – Não diversificar
A diversificação de investimentos é uma das premissas básicas do gerenciamento de riscos. “É o 'feijão com arroz', o mínimo que alguém pode fazer. E a não-diversificação é, em grande parte, uma consequência do pecado anterior, pois a educação financeira deficiente faz com que não consigamos enxergar os riscos”, afirma.

Pecado 4 – Preconceito
O preconceito em relação aos investimentos é mais um dos erros comuns dos investidores e que pode ser classificado como um dos “pecados capitais”.

“Um caso clássico é o daquele sujeito que tem muito dinheiro e coloca tudo numa caderneta de poupança, pois ele aprendeu que era o Investimento mais seguro que existe e simplesmente não quer nem ouvir falar de outra coisa”, diz Massaro. “Às vezes ele até conhece outras alternativas tão seguras quanto e mais rentáveis, mas o medo fala mais alto e ele permanece 'abraçado' às suas crenças, sem perceber que pode não estar fazendo o melhor para si”, completa.

Pecado 5 – Investir pontualmente
O especialista lembra que investir não deve ser uma atitude isolada e pontual, e sim um hábito. “O investidor disciplinado cria uma regra para si – por exemplo, investir todo mês 10% do salário - e transforma isso em hábito, o que acaba levando a uma vida financeira cada vez mais sólida e saudável”, diz. Já o investidor pouco eficiente, segundo Massaro, é aquele que investe algum dinheiro em determinado momento da vida e nunca mais se preocupa em fazê-lo de novo.

Pecado 6 – Expectativas irreais
O especialista ressalta que investir no mercado financeiro dificilmente é um caminho para o enriquecimento fácil e rápido,mas muita gente ainda acredita que vai dar a “grade tacada”.

“Por conta disso, a pessoa acaba se expondo a riscos elevados e pode perder (muito) dinheiro”, alerta. “É importante saber qual é o retorno médio dos investimentos mais conservadores do mercado e fazer os planos e projeções baseados neles”, aconselha o especialista.

Pecado 7 – Se “casar” com os investimentos
Comprar ações de uma empresa, esperando uma grande valorização em um curto ou médio prazo, e ser surpreendido com um movimento contínuo de queda é uma situação comum no mercado acionário.

Neste caso, o especialista afirma que é preciso ter um pouco de coragem para cortar as perdas rapidamente e preservar o capital aplicado. “Mas muitas pessoas têm dificuldade em assumir que tomaram uma decisão errada e por isso ficam ali, sofrendo e vendo o investimento 'derreter', na expectativa de que as coisas vão melhorar”, critica.

Fonte: Infomoney - 26/1/2012