sexta-feira, 20 de julho de 2012

Dica de filme: Margin Call

Não espere um filme com efeitos especiais ou com muita ação, apenas a realidade. Margin Call retrata 14 de setembro, o dia antes da eclosão da crise financeira de 2008.

Muito exagerado ou com poucos detalhes, isso talvez nunca saibamos, mas a película nos dá uma teaser de como tudo aconteceu.


Talvez as pessoas que se envolveram nessa ocasião não soubessem a avalanche que estava por vir, pois, estavam apenas na ponta do iceberg do que poderia ter sido o fim do mercado financeiro.

Para quem quer entender um pouco mais sobre este dia fica a dica do filme que, com certeza será recomendado futuramente para os próximos formandos em economia.

Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net

quinta-feira, 5 de julho de 2012

A classe C e os novos desafios

Taxa de emprego em patamares jamais vistos antes, aumento da massa salarial, crédito facilitado e redução de impostos... Que mundo é esse? Um país chamado Brasil.

Nunca se viu tamanha disponibilidade de crédito em plena crise econômica, contudo, sabemos que tais incentivos são mecanismos anticíclicos que o governo adotou para evitar complicações maiores no futuro. É necessário destacar que o aquecimento do mercado de trabalho (mais de 70 milhões de brasileiros com carteira assinada) e renda real em escala crescente atingiram esse patamar sem a necessidade destes incentivos.

De acordo com estudo da FGV*, entre 2003 e 2011 a classe C ganhou nada mais do que 40 milhões de pessoas. Num país que conhece a estabilidade econômica há pouco tempo, nada mais justo do que exercer seu direito de trabalhador e ir às compras.

Nunca se compraram tantos eletrodomésticos e até jóias. A nova classe média está adquirindo hábitos antes inimagináveis, pois os bens de consumo estão mais acessíveis. O crediário facilitado também dá oportunidade de estas pessoas realizarem seus sonhos e elas não estão erradas, todos temos esse direito!

E, se depender da expectativa dos brasileiros, a tendência é de continuidade, pois o povo acredita que a vida vai melhorar no futuro. De acordo com a pesquisa Future Felicity Index, também da FGV, o país está em 1º lugar em expectativa futura (considerando os próximos 5 anos).

Entretanto, este caminho pode ter alguns percalços. Várias instituições, inclusive o BC, têm divulgado que as taxas de inadimplência se elevaram e que o nível de endividamento alcançou níveis históricos. O que devemos fazer? Frear todo esse consumo?

Acredito que o caminho deve ser outro: a Educação Financeira. Devemos formar pessoas que tomem suas decisões baseadas no que for melhor para elas. No entanto, a população brasileira é carente de conhecimento financeiro, além de ser muito avessa ao risco justamente porque não conhece o que a economia oferece. Segundo pesquisa realizada pela TOV Educacional, 43% das pessoas que não investe na Bolsa porque não conhece o funcionamento deste mercado. 

E é nesse momento de consumismo desenfreado que a população deve buscar investir no mercado financeiro, poupando parte de sua renda. A poupança é um caminho, mas não o único. Para aplicar em qualquer produto financeiro é necessário um mínimo de conhecimento para que não haja dúvidas e se cometam erros.

A questão é que muitos acreditam que, para investir, é necessária uma grande quantia de recursos. Podemos aplicar pequenos volumes mensais e criar o hábito de sempre poupar parte de nossa renda. Nem mesmo na Bolsa de Valores existe um mínimo para investir, mas para quem não está habituado a este mercado é necessário buscar um consultor para maiores informações.

O país deve aproveitar esse momento de crescimento e oportunidades já que, de acordo com o estudo da FGV, espera-se que a nova classe média alcance 118 milhões de pessoas em 2014 e é importante que a população seja prudente e usufrua, da melhor forma, do que a economia tem a oferecer.

Por Danielle Macedo