sexta-feira, 20 de maio de 2011

Fundos de Investimento

Para quem não tem muito tempo de acompanhar ou mesmo não entende a fundo o mercado financeiro, mas gostaria de obter rendimentos melhores do que a poupança, segue uma dica: fundos de investimento.
 
Primeiramente, o que são:

O fundo de investimento funciona como o condomínio de um prédio. Os côndominos - no caso, os cotistas - se juntam para dividir os custos de aplicações acessíveis apenas para grandes investidores. O patrimônio é administrado por especialistas, que cobram uma taxa pela gestão dos ativos. Eles acompanham o mercado diariamente em busca de boas oportunidades de investimento.

O dinheiro depositado nos fundos é convertido em cotas, que são atualizadas diariamente, de acordo com a oscilação dos ativos reais no mercado de capitais.

É interessante que você busque um fundo de investimento em algo que você acredite que seja promissor, sendo, por exemplo: Fundo de Renda Fixa, Fundo de Ações ou mesmo Multimercado, que mistura vários tipos de ativos. Também podem ser encontrados fundos setoriais, onde são agrupadas as ações de empresas de um mesmo setor, como Construção Civil, Tecnologia e Setor Financeiro. Os bancos oferecem um rol de fundos que se adaptam ao universo de clientes e ao perfil de investimento, podendo ele ser: agressivo, moderado ou conservador.

Ao contratar um fundo você também deve ficar atento a algumas cobranças e tributações que o mesmo pode sofrer. Vejamos:

Taxa de administração: É a remuneração do gestor do fundo. É recolhido diariamente, segundo um percentual do valor aplicado - não do rendimento. Incide mesmo se o fundo tiver desempenho negativo e perder patrimônio.
 
Principal ítem a ser analisado antes de aderir a um fundo. Taxa de administração alta não é sinônimo de bom gerenciamento. Pode inclusive corroer todo o rendimento e varia de fundo pra fundo, de acordo com a dificuldade dos ativos de serem administrados.

Um fundo com alta taxa de administração não garante altos rendimentos, da mesma forma que um fundo com taxa baixa não terá rendimentos irrelevantes. Nesse caso, o melhor a se fazer é conferir na performance. Normalmente os bancos apresentam um folder que traz o desempenho do fundo e comparativos com outros índices do mercado.

Taxa de Performance: Além da taxa de administração, muitos fundos cobram ainda uma taxa sobre o que exceder uma determinada performance, como a variação do CDI, o Ibovespa ou o dólar comercial. Alguns cobram uma taxa de administração pequena, mas pedem uma porcentagem alta de performance sobre o que exceder o rendimento prometido.

Resgate: os fundos têm liquidez diária e podem ser resgatados sem aviso prévio. Mas o dinheiro cai na conta, geralmente, de um a três dias após o pedido de resgate. Há alguns fundos que têm uma carência para a saída e ela é reduzida de acordo com o tempo de permanência.

Impostos
Imposto de Renda: Incide sobre todos os fundos e apenas sobre o rendimento. A alíquota é de 15% para aplicações em renda variável e de 20% para as aplicações em renda fixa.

Para os fundos que misturam Ações e Títulos, a Receita Federal aceita alíquota de 10% para aqueles que têm no mínimo 67% de seu patrimônio aplicado em Ações. Os demais são considerados como de renda fixa e pagam 20% de imposto de renda sobre o rendimento.

IOF: Apenas os fundos de renda fixa pagam o IOF. O imposto incide apenas se os saques forem feitos com prazo inferior a 30 dias, e varia de acordo com o número de dias da aplicação.

Atenção para os fundos de renda fixa – para este tipo de investimento, o IR é recolhido através do sistema de come-cotas. O valor pago de imposto é descontado da quantidade de cotas e não do valor do fundo. É tributado nos meses de maio e novembro.

Fique de olho nestas cobranças, pois elas reduzem o rendimento do fundo e, sem a devida orientação, você pode deixar de obter um desempenho melhor em suas aplicações.

Da mesma forma que outros investimentos, os fundos também estão sujeitos a riscos, como o de não apresentar rentabilidade. Em alguns deles, os gestores dispõem de algumas ferramentas para reduzir o risco, podendo diminuir a exposição de renda variável para renda fixa, ou mesmo reduzir o percentual de um ativo e comprar outro com melhores ganhos. Então, mesmo que você não acompanhe o mercado, fique de olho no seu extrato e defina até quanto você aguentaria perder.

Não deixe de buscar melhores oportunidades de rendimentos. Você pode estar deixando de ganhar muito no mercado financeiro.

Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net