segunda-feira, 23 de abril de 2012

Economia e o mercado de estética

É bem sabido que, com o controle da inflação em 1994, o poder de compra aumentou e a estabilidade econômica abriu portas ao mercado de trabalho. Com a melhora na renda, o consumo de vários serviços cresceu de forma exponencial e movido a economia positivamente.

Assim que as primeiras necessidades são satisfeitas (alimentação, vestuário, moradia e saúde), é comum a busca por outros produtos. Muito desse consumo é voltado para a utilização de alguns serviços, como cursar uma faculdade, uma especialização, aprender um segundo idioma, frequentar uma academia, aprender um esporte e também cuidar da estética. Podemos considerar esta última como tudo que nos deixa mais satisfeitos com a nossa aparência, como um tratamento capilar, cuidados as unhas, com a pele e até uma cirurgia plástica.

O Brasil ainda não é o primeiro do ranking da vaidade, mas, de acordo com dados da Revista Isto É (Edição n° 706), é o terceiro consumidor de produtos de higiene pessoal e segundo em cirurgias plásticas, ficando atrás apenas dos EUA e Japão. Até 2010, essa indústria havia movimentado R$ 27,5 bilhões, um crescimento aproximado de 140% em relação a 2003.

E a expectativa de crescimento para a área é grande, mas há falta de mão de obra especializada. Há um déficit de 13% de cabeleireiros e de 25% de manicures no país, de acordo com Remy de Sousa, presidente da Associação dos Cabeleireiros Unissex do Brasil.

E os preços? A volatilidade é enorme e varia de região para região. Não há uma tabela padrão e por isso na hora do reajuste, cada um precifica seus serviços de acordo com o que considera justo. Por isso, a cada ano, este segmento afeta fortemente a inflação.

Mas isso não impede que cada vez mais pessoas busquem esses profissionais para melhorar a auto-estima. Muito pelo contrário, cada vez mais salões são abertos e serviços são oferecidos, principalmente pelos sites de compra coletiva. A demanda é cada vez maior.

Esses resultados mostram um Brasil economicamente forte, onde mais pessoas se inserem no mercado da estética para atender um público cada vez mais exigente e tudo isso se resume a uma palavra: consumo!

Por Danielle Macedo
Equipe Economistas Na Net