quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Sete pecados capitais do investidor: conheça e saiba como evitá-los

Dicas importantes para quem vai investir!

Errar é humano e todos nós estamos sujeitos a cometer equívocos. Entretanto, sempre existem alguns comportamentos que devem ser evitados ao máximo, pois suas consequências podem ser desastrosas.

Quem investe ou pretende começar a aplicar o seu dinheiro também precisa se atentar para alguns erros considerados “graves”, para evitar perdas financeiras. Por isso, pedimos para o especialista em finanças pessoais da MoneyFit, André Massaro, listar os sete pecados capitais dos investidores. Confira:

Pecado 1 – “Contabilidade mental”
O especialista explica que “Contabilidade mental” é o nome dado pelos estudiosos de finanças comportamentais ao comportamento de algumas pessoas que separam, mentalmente, o dinheiro em diferentes “compartimentos”.

“Imagine um sujeito que está guardando dinheiro na poupança - remunerado a uma taxa baixa - para pagar uma viagem, e não mexe naquele dinheiro de jeito nenhum. Mas ao mesmo tempo ele está com dívidas no cartão de crédito ou no cheque especial pagando taxas altíssimas”, diz Massaro.

Ele lembra que, neste caso, o mais racional seria tirar o dinheiro da poupança e pagar as dívidas, mas muitas pessoas não conseguem fazer isso. “Mentalmente, elas consideram aquele dinheiro intocável”, ressalta.

Pecado 2 – Não se informar
O segundo “pecado capital” do investidor é não procurar informação e não se educar financeiramente. “A educação financeira é uma ferramenta de liberdade pessoal, mas poucas pessoas conseguem enxergar isso. Quem é bem educado financeiramente consegue tomar suas decisões de forma muito mais clara e racional”, afirma Massaro.

Já aqueles que não investem neste tipo de educação correm um risco muito maior de tomar decisões erradas. “Ou então acabam tendo que recorrer a outras pessoas em busca de informações, que muitas vezes são tão ou mais despreparadas”, alerta o especialista.

Pecado 3 – Não diversificar
A diversificação de investimentos é uma das premissas básicas do gerenciamento de riscos. “É o 'feijão com arroz', o mínimo que alguém pode fazer. E a não-diversificação é, em grande parte, uma consequência do pecado anterior, pois a educação financeira deficiente faz com que não consigamos enxergar os riscos”, afirma.

Pecado 4 – Preconceito
O preconceito em relação aos investimentos é mais um dos erros comuns dos investidores e que pode ser classificado como um dos “pecados capitais”.

“Um caso clássico é o daquele sujeito que tem muito dinheiro e coloca tudo numa caderneta de poupança, pois ele aprendeu que era o Investimento mais seguro que existe e simplesmente não quer nem ouvir falar de outra coisa”, diz Massaro. “Às vezes ele até conhece outras alternativas tão seguras quanto e mais rentáveis, mas o medo fala mais alto e ele permanece 'abraçado' às suas crenças, sem perceber que pode não estar fazendo o melhor para si”, completa.

Pecado 5 – Investir pontualmente
O especialista lembra que investir não deve ser uma atitude isolada e pontual, e sim um hábito. “O investidor disciplinado cria uma regra para si – por exemplo, investir todo mês 10% do salário - e transforma isso em hábito, o que acaba levando a uma vida financeira cada vez mais sólida e saudável”, diz. Já o investidor pouco eficiente, segundo Massaro, é aquele que investe algum dinheiro em determinado momento da vida e nunca mais se preocupa em fazê-lo de novo.

Pecado 6 – Expectativas irreais
O especialista ressalta que investir no mercado financeiro dificilmente é um caminho para o enriquecimento fácil e rápido,mas muita gente ainda acredita que vai dar a “grade tacada”.

“Por conta disso, a pessoa acaba se expondo a riscos elevados e pode perder (muito) dinheiro”, alerta. “É importante saber qual é o retorno médio dos investimentos mais conservadores do mercado e fazer os planos e projeções baseados neles”, aconselha o especialista.

Pecado 7 – Se “casar” com os investimentos
Comprar ações de uma empresa, esperando uma grande valorização em um curto ou médio prazo, e ser surpreendido com um movimento contínuo de queda é uma situação comum no mercado acionário.

Neste caso, o especialista afirma que é preciso ter um pouco de coragem para cortar as perdas rapidamente e preservar o capital aplicado. “Mas muitas pessoas têm dificuldade em assumir que tomaram uma decisão errada e por isso ficam ali, sofrendo e vendo o investimento 'derreter', na expectativa de que as coisas vão melhorar”, critica.

Fonte: Infomoney - 26/1/2012