terça-feira, 17 de agosto de 2010

Diferenças entre Ações e Debêntures.

Ultimamente, algumas pessoas nos perguntaram sobre Ações e Debêntures, então achamos interessante postar algo sobre. Vamos lá.

O que são Ações?
Ações são "papéis" que representam uma pequena fração de uma empresa. Quem possui uma ação da Petrobrás, por exemplo, é dono de uma pequena parte da própria. Em outras palavras, é um sócio. As ações são negociadas na Bolsa de Valores, que também negocia outros ativos.

O que são Debêntures?
Uma Debênture é um "papel" que certifica que alguém "emprestou" dinheiro a um empresa a uma taxa de juros fixa, na maioria dos casos. É uma operação supervisionada pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) que fiscaliza o mercado de capitais no Brasil.

Por que comprar ações ou debêntures?
Tanto ações quanto debêntures são formas de investimento. Ações são de renda variável e debêntures são de renda fixa, podendo ser também de renda variável. A diferença entre ações e debêntures, quanto ao retorno para o investidor, é que:

- Nas ações os retornos (rendimentos) são baseados nos resultados da empresa. Ou seja, o lucro do acionista depende da atividade da empresa, do operacional, dos lucros que ela obtém no exercício.

- As debêntures são parecidas com títulos públicos. Mas são privados. O investidor compra uma debênture que vai lhe render uma determinada taxa de juros anual, mensal, semestral... Como uma poupança, mas de maior risco.

Quando uma empresa lança ações ela não se obriga a pagar nada para o investidor (acionista). Sua única obrigação é entregar bons resultados para que as ações se valorizem. Isso porque nem os dividendos são obrigatórios. A empresa paga os dividendos aos acionistas caso queira. Mas deve informar isso nos comunicados ao mercado.


Qual é mais vantajoso para a empresa? Depende.
Se a empresa não quiser dividir a diretoria com nenhum sócio, então ela lança debêntures. Assim, ela só paga juros sobre o capital que o investidor aplica. É uma forma de empréstimo. Ela é obrigada a pagar os juros e o principal numa data pré-estabelecida, em condições que ela pode estipular antes do lançamento das debêntures.

Se a empresa não quer gastar com juros (pois as debêntures são títulos e logo são empréstimos) ela pode optar por lançar ações no mercado e dividir os lucros com seus sócios (acionistas), ou reinvestir os lucros nas atividades da empresa e não repassar aos acionistas.

Tudo vai depender do que é melhor para a empresa no momento em que ela precisa daqueles recursos. Ou se ela (a diretoria/presidência/donos) está disposta a abdicar da liderança absoluta da gestão empresarial e aceitar ter mais sócios.

O que é mais vantajoso para o investidor? Depende também.
Caso o investidor não queira se arriscar no mercado de ações, ele pode optar por comprar debêntures de um empresa que lhe pague juros fixos. Assim, ele já saberá exatamente quanto vai resgatar ao final do período.

Se o investidor estiver disposto a correr um risco maior (pois o valor das ações oscila tanto para cima quanto para baixo), mas com um retorno possivelmente muito maior também, então ele pode optar por comprar ações na bolsa e vendê-las quando e se desejar. Ou segurá-las por tempo indeterminado. Nada o impede.

É interessante consultar o site da CVM (http://www.cvm.gov.br/) e obter informações mais detalhadas sobre as duas formas. Para ações, busque o site da Bolsa de Valores de São Paulo, a Bovespa (http://www.bovespa.com.br/).

Por Gilmar Faustino
Equipe Economistas Na Net